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A mostrar mensagens de abril, 2019

“Pesos pesados” da Frelimo mudos no primeiro Informe onde PGR relaciona ex-governantes a corrupção em Moçambique

Os “pesos pesados” da bancada parlamentar do partido Frelimo entraram mudos e saíram calados da plenária da Assembleia da República durante os dois dias da Informação que foi prestada pela Procuradora-Geral da República (PGR). Nem mesmo deram a cara para defender a honra do partido acusado pela oposição de ser um antro de corruptos e de pretender extraditar o deputado Manuel Chang para Moçambique para a “sua eliminação física”. Após ouvirem a primeira Informação de um PGR onde claramente são referenciados três antigos governantes e membros do partido Frelimo em casos de corrupção os deputados mais importantes da bancada da maioria não intervieram no debate para saúda-lo. A tarefa ficou a cargo de Francisco Mucanheia e de alguns outros pouco intervenientes do debate político que originou o cognome de “escolinha do barulho”. Escutaram o deputado da Renamo, António Muchanga, sugerir: “Afinal que grande interesse é esse que de repente despertou em Vossa Excelência, o

Intervenção de António Muchanga na Assembleia da República

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    Senhora Presidente da Assembleia da República Senhores Deputados Todo Protocolo Observado É para mim uma honra ter a oportunidade de intervir no debate do Infor me da Procuradora Geral da República ao que paço a questionar: Na página 16 e seguintes gostaria de perguntar a Digníssima Procuradora Geral o que fez em concreto relativamente a tortura infligida à população de Nhamanhubir? O que aconteceu com aqueles agentes da UIR que foram filmados a chamboquearem cidadãos? Ainda no âmbito das torturas o que tem a dizer sobre os Militares que prenderam no seu quartel, seviciando com chambocos o Jornalista Abubacar, em Cabo Delgado? A resposta até já podemos antecipar: há um trabalho em curso no sentido de responsabilizar, bla…bla…bla… antecipamos a vossa resposta olhando ao vosso comportamento nos informes anteriores. Na verdade tem sido, como se diz na gíria popular “conversa fiada”. Contudo insistimos: o caso do assassinato do Professor Cistac, o que foi feito d

Intervenção de António Muchanga na Assembleia da República

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    Senhora Presidente da Assembleia da República Senhores Deputados Todo Protocolo Observado É para mim uma honra ter a oportunidade de intervir no debate do Infor me da Procuradora Geral da República ao que paço a questionar: Na página 16 e seguintes gostaria de perguntar a Digníssima Procuradora Geral o que fez em concreto relativamente a tortura infligida à população de Nhamanhubir? O que aconteceu com aqueles agentes da UIR que foram filmados a chamboquearem cidadãos? Ainda no âmbito das torturas o que tem a dizer sobre os Militares que prenderam no seu quartel, seviciando com chambocos o Jornalista Abubacar, em Cabo Delgado? A resposta até já podemos antecipar: há um trabalho em curso no sentido de responsabilizar, bla…bla…bla… antecipamos a vossa resposta olhando ao vosso comportamento nos informes anteriores. Na verdade tem sido, como se diz na gíria popular “conversa fiada”. Contudo insistimos: o caso do assassinato do Professor Cistac, o que foi feito d

Intervenção de António Muchanga na Assembleia da República

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Senhora Presidente da Assembleia da República Senhores Deputados Todo Protocolo Observado É para mim uma honra ter a oportunidade de intervir no debate do Infor me da Procuradora Geral da República ao que paço a questionar: Na página 16 e seguintes gostaria de perguntar a Digníssima Procuradora Geral o que fez em concreto relativamente a tortura infligida à população de Nhamanhubir? O que aconteceu com aqueles agentes da UIR que foram filmados a chamboquearem cidadãos? Ainda no âmbito das torturas o que tem a dizer sobre os Militares que prenderam no seu quartel, seviciando com chambocos o Jornalista Abubacar, em Cabo Delgado? A resposta até já podemos antecipar: há um trabalho em curso no sentido de responsabilizar, bla…bla…bla… antecipamos a vossa resposta olhando ao vosso comportamento nos informes anteriores. Na verdade tem sido, como se diz na gíria popular “conversa fiada”. Contudo insistimos: o caso do assassinato do Professor Cistac, o que foi feito dele? O

Angola já recuperou coercivamente mais de 3 mil milhões de euros

Em cinco meses, Angola recuperou de forma coerciva cerca de 3.400 milhões de euros ao abrigo da lei de repatriamento de capitais. Mas o país não conseguiu reaver qualquer euro de forma voluntária. Angola não conseguiu recuperar, de forma voluntária, qualquer capital financeiro, mas, coercivamente já tem nos cofres perto de 4.000 milhões de dólares (3.480 milhões de euros) em dinheiro e bens conseguidos desde dezembro de 2018, disse esta sexta-feira (26.04) fonte oficial. A informação foi avançada pela diretora nacional dos Serviços de Recuperação de Ativos da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola, Eduarda Rodrigues, na conferência sobre prevenção e combate à corrupção, ato central das celebrações dos 40 anos de existência da PGR angolana. Eduarda Rodrigues, que abordou o tema pela primeira vez em Angola, disse que, infelizmente, ao abrigo da Lei de Repatriamento de Recursos Financeiros, não houve qualquer entrega voluntária de capitais. "Isto

Mulheres obrigadas a manterem relações sexuais para receberem donativos

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Uma reportagem do Jornal de Notícias em Moçambique mostra como numa aldeia a 80 quilómetros da Beira há mulheres a ser forçadas a atos sexuais para receberem os donativos. O ciclone Idai provocou a morte de mais de 600 pessoas e afetou 1,5 milhões de moçambicanos Há mulheres moçambicanas a serem forçadas a atos sexuais em troca de ajuda humanitária, na sequência da destruição causada pelo ciclone Idai, de acordo com uma reportagem no local publicada na edição deste domingo do Jornal de Notícias. A reportagem acompanha a história de uma mulher, mãe de três filhos entre os 2 e os 12 anos de idade, e cuja identidade foi ocultada, que já foi violada pelo menos três vezes por um dos chefes da aldeia de Lamego (a cerca de 80 quilómetros da cidade da Beira, a localidade mais afetada pelo ciclone), como contrapartida para receber um saco de 10kg de arroz — único alimento que ela e os filhos têm comido nas últimas semanas. Segundo o JN, os donativos que têm chegado a M

Petrolífera Chevron vai comprar Anadarko por 33 mil milhões de dólares

A norte-americana Chevron, uma das maiores petrolíferas do mundo, anunciou hoje ter chegado a acordo para comprar a Anadarko, empresa do mesmo ramo presente em Moçambique, por cerca de 33 mil milhões de dólares (30 mil milhões de euros). Caso o negócio seja aprovado, isto “tornará uma grande empresa numa maior ainda”, afirmou o presidente executivo da Chevron, Michael Wirth. O acordo prevê que a Chevron pague 7 mil milhões de dólares em dinheiro e entregue 200 milhões de ações à Anadarko, explica a agência Bloomberg. De acordo com a mesma fonte, a Chevron também assumirá a dívida da Anadarko, que ultrapassa os 15 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros). “Esta transação dá força ao poder da Chevron”, referiu, acrescentando que o negócio dará vantagem à Chevron nas águas profundas do Golfo do México” e “criará oportunidades em áreas que reforçam as operações da empresa”. A Anadarko tem uma posição importante em Moçambique, tendo anunciado, em março, que ia co

Moçambique virou um país pária

Medíocres! Por Edwin Hounnou Não há nenhum registo em que Moçambique se tenha destacado de modo positivo, desde que chegámos à independência. Perdemos tudo que tínhamos de melhor entre as nações e viramos um país pária, desprezível e conhecido por piores motivos tais como guerras, fome, perseguições políticas, corrupção. Até somos dos poucos países que conseguia fazer um volumoso calote de USD 2.256.50 mil a bancos estrangeiros e conseguimos enganar o povo e, o Banco Mundial e FMI. Os indivíduos que fizeram aquela trapaça são, ainda, protegidos pelo regime. Somos dos poucos países cujo governo, para se manter no poder, teve a coragem de criar grupos armados – esquadrões da morte - para raptar e assassinar os seus opositores políticos ou com eles confundidos. Os mais sortudos, de entre as suas vítimas, foram raptados, torturados, quebrados os braços e as pernas com o aviso de que “falam demais”. Apesar de todas as evidências de quem esteja por detrás desses crimes, nada lhes acont

Albano Silva defende Ernesto Gove: a "velha raposa" regressa às barras

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O famoso criminalista Albano Silva é o advogado com procuração junto do Ministério Público para defender o antigo Governador do Banco de Moçambique. Ernesto Gouveia Gove. "Carta" sabe que Albano Silva foi a terceira escolha de Gove. Na passada sexta-feira, os dois entraram de "mãos dadas" no edifício da Procuradoria-Geral da República (PGR), na Vladimir Lenine, em Maputo. No processo das "dívidas ocultas", Gove é acusado de abuso de cargo ou função e associação para delinquir. O criminalista é uma velha raposa da advocacia moçambicana, um investigador nato, trabalhador incansável, como caracterizou um colega que lhe é chegado. Mas, reza outra descrição, Albano Silva é um advogado que sempre se valeu das suas influências extra-processuais para defender clientes, num registo de justicialismo imposto a todo o custo. Ao abraçar Ernesto Gove, o advogado regressa às barras, firmando-se como o mais experiente dos causídicos das "dívidas ocultas&quo

Grupos da sociedade civil apelam para a libertação imediata e incondicional de jornalista de rádio

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DECLARAÇÃO CONJUNTA As trinta e oito organizações de defesa dos direitos humanos e das liberdades civis abaixo assinadas estão seriamente preocupadas com a detenção arbitrária e prolongada do Sr. Amade Abubacar, jornalista de uma rádio comunitária da estação estatal da Rádio e Televisão Comunitária Nacedje de Macomia, na província de Cabo Delgado. Apelamos às autoridades moçambicanas para que o libertem imediata e incondicionalmente e permitam que todos os jornalistas trabalham com segurança e livremente. Amade está detido desde o dia 5 de Janeiro, a data em que foi preso por agentes da polícia do distrito de Macomia, sem mandado. Na altura da sua prisão, Amade estava a entrevistar pessoas que tinham fugido de suas casas devido à intensificação de ataques violentos levados a cabo por indivíduos que se crê serem membros de um grupo extremista. A polícia entregou-o as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, que o levou para uma detenção no distrito de Mueda, onde permaneceu d