UE promete financiar desarmamento da Renamo
A UNIÃO Europeia decidiu apoiar, financeiramente, o desarmamento e integração dos homens armados da Renamo, no âmbito da pacificação de Moçambique, visando o restabelecimento da paz, tranquilidade e estabilidade.
O valor para o efeito faz parte de um pacote de 400 milhões de euros a ser disponibilizado a partir deste ano para a realização de várias outras actividades, tais como a gestão de finanças públicas, infra-estruturas, educação e água no nosso país.
O facto foi anunciado esta quarta-feira pelo director-geral para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento desta organização, Stefano Manservisi, falando a jornalistas moçambicanos, em Cabo Verde, no final de uma audiência com o Presidente da República, Filipe Nyusi, à margem da XII Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, CPLP.
Trata-se de um valor que era injectado a Moçambique através do apoio directo ao Orçamento do Estado, mas que na sequência das dívidas públicas não declaradas foi cancelado em 2016.
Stefano Manservisi explicou que a decisão de voltar a apoiar Moçambique, através de apoio directo às actividades nestes sectores mencionados, resulta do reconhecimento do trabalho que o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o seu Governo têm vindo a desenvolver, com vista à concretização do programa de reformas de políticas públicas.
Para melhores resultados no âmbito do programa de reformas e do próprio diálogo com a Renamo, para a pacificação, a UE considera fundamental manter-se como um parceiro forte de Moçambique.
O encontro com o Chefe do Estado visava discutir a melhor forma de aplicar estes 400 milhões de euros, tendo sido indicadas as quatro áreas: desmilitarização e reintegração dos homens da Renamo, apoio aos programas do sector da Educação, das infra-estruturas, com particular realce para construção de estradas, gestão de finanças públicas e fornecimento de água à população, sublinhado por Stefano Manservisi, como de vital importância.
Sobre estes factos, o Presidente da República disse que o Governo acolhe com satisfação esta decisão da União Europeia. Enquanto isso, o Governo vai continuar a desenvolver esforços para esclarecer as causas que levaram ao corte do apoio directo ao Orçamento do Estado (OE), “para reconquistar a confiança em relação ao nosso sistema financeiro”, disse Filipe Nyusi, acrescentando que o trabalho já está a ser feito nesse sentido.
Por outro lado, o Chefe do Estado mostrou-se satisfeito com o facto de o valor que era destinado ao OE permanecer em Moçambique, embora em forma de apoio directo às actividades específicas.
“O novo elemento que é bom, para nós, nesta nova parceria com a União Europeia é que o valor vai ficar no país, o que permitirá o desenvolvimento das actividades eleitas”, disse Nyusi.
NOTÍCIAS – 20.07.2018
He,he,he! O valor vai ficar no país...!
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