Governo russo demite-se em bloco
O primeiro-ministro
russo, Dmitri Medvedev, anunciou a Vladimir Putin que o seu governo decidiu
demitir-se em bloco na sequência das alterações à Constituição propostas por
Putin.
"Enquanto
governo da Federação da Rússia, devemos dar ao presidente do nosso país os
meios para tomar todas as medidas que se impõem. É por esse motivo (...) que o
governo, no seu conjunto, entrega sua demissão", afirmou Medvedev, segundo
agências russas de notícias.
Por seu lado,
Putin pediu ao gabinete do primeiro-ministro demissionário para se manter em
funções até que um novo executivo seja nomeado e empossado.
Este anúncio
inesperado surge depois de o presidente russo ter proposto um referendo sobre
uma série de reformas da Constituição, visando a reforçar o poder do
Parlamento, embora mantendo o caráter presidencial do sistema político que
dirige há 20 anos.
Entre as mudanças
sugeridas por Putin durante o discurso sobre o estado da nação está o direito
de os deputados passem a nomear o primeiro-ministro e os membros do executivo,
papel que cabe agora ao chefe de Estado.
Por outro lado, o
Presidente deve manter o direito de demitir o chefe do governo e os ministros,
de nomear os principais responsáveis ao nível da defesa e segurança e de
destituir os presidentes do Supremo Tribunal e do Constitucional.
As propostas de alterações à Constituição incluem ainda o reforço dos poderes dos governadores regionais, a proibição dos membros do governo e dos juízes de obterem residência no estrangeiro e a obrigação de os candidatos à Presidência terem vivido nos últimos 25 anos na Rússia.
As propostas de alterações à Constituição incluem ainda o reforço dos poderes dos governadores regionais, a proibição dos membros do governo e dos juízes de obterem residência no estrangeiro e a obrigação de os candidatos à Presidência terem vivido nos últimos 25 anos na Rússia.
Notícia em atualização
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