A UE DISSE TACITAMENTE QUE A FRELIMO É LADRAO DE VOTOS
EUREKA por Laurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (3)
Querido, Presidente: acha justo o que a Observação da União Europeia diz no seu relatório sobre as eleições de Outubro? Disse muitas coisas que eu, ignorante que sou, entendi que tacitamente quer dizer que somos gatunos, nós, a Frelimo. Porquê, então, não disse logo que somos ladrões de votos, que o Presidente da República, até certo ponto, não devia ser o senhor e só o é porque roubamos votos da oposição, enchemos urnas, colocámos a Polícia ao nosso lado, adulteramos os resultados do recenseamento eleitoral de Gaza, rebocámos a Comissão Nacional de Eleições e o Conselho Constitucional para jogarem a nosso favor?
É um insulto, não é, camarada Presidente? E eu que até vibrava pela percentagem que o Presidente conseguiu nas eleições. Até empurrei Moçambique para um outro extremo geográfico: exactamente para o leste da Ásia, onde se situa a Coreia do Norte.
Imaginei que Maputo fosse Pyongyang e o meu Presidente o amável, o querido líder e complacente Kim Jong-un. Até que fisicamente não são tão diferentes! Se nós roubamos votos onde é que a União Europeia entra? Aliás, qual é, afinal, a utilidade dessa observação eleitoral? Que nos deixem roubar votos; amanhã, apesar de haver lá degoladores, podemos entender que Cabo Delgado tem 15 milhões de pessoas com idade para votar e que votam todos na Frelimo. É connosco. Nós é que entendemos assim.
Onde é que entra a União Europeia se a Renamo vai zangar e pegar em armas? Quantas vezes a Renamo pegou em armas e assassinou, impiedosamente, o nosso povo? Diminuímos em número? Nada. Até em Gaza os mortos ressuscitaram para votar em nós! A União Europeia sabe o que é a Frelimo?
Somos fortes nós e ainda corajosos, tudo graças a sábia liderança do querido Presidente, Filipe Jacinto Nyusi. Eles, os europeus, que cuidem dos seus problemas. Será que os não têm?
Ora já não nos ajudam com o seu dinheiro para o Orçamento do Estado, alegadamente porque roubamos, ora criticam-nos quando corremos em socorro de Manuel Chang para não ser deportado para os EUA. É nosso camarada aquele. Não o podemos abandonar. Tudo o que fez foi em missão genuína para proteger a pátria. Ele não enfiou dinheiro só nos seus bolsos. Dividiu com as chefias e isso, só por si, mostra que é um bom soldado. Queremo-lo de volta. É homem de confiança.
Outros criticam porque o Presidente instruiu a PGR para gastar balúrdios de dinheiro pagando advogados a Manuel Chang, aqueles da Mabunda Incorparated, e depois desistimos do recurso. Dizem que despendemos muito dinheiro. Sabem eles o que se gasta por um irmão? Aquele é irmão de sangue até a sua prisão foi engano. Não era ele que os americanos queriam. Enganaram-se.
Nós, a Frelimo, não roubamos de ninguém. Apenas tiramos o que é nosso por direito. Quem libertou este País, foram eles? Deixe-os falar, camarada Presidente. O senhor é que é o nosso farol e tem sabido exercer, sabiamente, a sua função de líder. Saiba, querido Presidente, que o meu apoio é incondicional. Viva a Frelimo!
Cartas ao Presidente da República (3)
Querido, Presidente: acha justo o que a Observação da União Europeia diz no seu relatório sobre as eleições de Outubro? Disse muitas coisas que eu, ignorante que sou, entendi que tacitamente quer dizer que somos gatunos, nós, a Frelimo. Porquê, então, não disse logo que somos ladrões de votos, que o Presidente da República, até certo ponto, não devia ser o senhor e só o é porque roubamos votos da oposição, enchemos urnas, colocámos a Polícia ao nosso lado, adulteramos os resultados do recenseamento eleitoral de Gaza, rebocámos a Comissão Nacional de Eleições e o Conselho Constitucional para jogarem a nosso favor?
É um insulto, não é, camarada Presidente? E eu que até vibrava pela percentagem que o Presidente conseguiu nas eleições. Até empurrei Moçambique para um outro extremo geográfico: exactamente para o leste da Ásia, onde se situa a Coreia do Norte.
Imaginei que Maputo fosse Pyongyang e o meu Presidente o amável, o querido líder e complacente Kim Jong-un. Até que fisicamente não são tão diferentes! Se nós roubamos votos onde é que a União Europeia entra? Aliás, qual é, afinal, a utilidade dessa observação eleitoral? Que nos deixem roubar votos; amanhã, apesar de haver lá degoladores, podemos entender que Cabo Delgado tem 15 milhões de pessoas com idade para votar e que votam todos na Frelimo. É connosco. Nós é que entendemos assim.
Onde é que entra a União Europeia se a Renamo vai zangar e pegar em armas? Quantas vezes a Renamo pegou em armas e assassinou, impiedosamente, o nosso povo? Diminuímos em número? Nada. Até em Gaza os mortos ressuscitaram para votar em nós! A União Europeia sabe o que é a Frelimo?
Somos fortes nós e ainda corajosos, tudo graças a sábia liderança do querido Presidente, Filipe Jacinto Nyusi. Eles, os europeus, que cuidem dos seus problemas. Será que os não têm?
Ora já não nos ajudam com o seu dinheiro para o Orçamento do Estado, alegadamente porque roubamos, ora criticam-nos quando corremos em socorro de Manuel Chang para não ser deportado para os EUA. É nosso camarada aquele. Não o podemos abandonar. Tudo o que fez foi em missão genuína para proteger a pátria. Ele não enfiou dinheiro só nos seus bolsos. Dividiu com as chefias e isso, só por si, mostra que é um bom soldado. Queremo-lo de volta. É homem de confiança.
Outros criticam porque o Presidente instruiu a PGR para gastar balúrdios de dinheiro pagando advogados a Manuel Chang, aqueles da Mabunda Incorparated, e depois desistimos do recurso. Dizem que despendemos muito dinheiro. Sabem eles o que se gasta por um irmão? Aquele é irmão de sangue até a sua prisão foi engano. Não era ele que os americanos queriam. Enganaram-se.
Nós, a Frelimo, não roubamos de ninguém. Apenas tiramos o que é nosso por direito. Quem libertou este País, foram eles? Deixe-os falar, camarada Presidente. O senhor é que é o nosso farol e tem sabido exercer, sabiamente, a sua função de líder. Saiba, querido Presidente, que o meu apoio é incondicional. Viva a Frelimo!
* titulo do blog
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 14.02.2020
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