Mário Machungo, antigo primeiro-ministro moçambicano, morre aos 79 anos
O antigo
primeiro-ministro de Moçambique entre 1986 e 1994, Mário da Graça Machungo,
morreu nesta segunda-feria, 17, em Portugal vítima de cancro.
Antigo combatente
pela independência, Machungo esteve na vida pública entre a banca e a política.
Natural de
Maxixe, em Inhambane, onde nasceu a 1 de Dezembro de 1940, foi ministro da
Indústria e Comércio de 1975 a 1976, ministro da Indústria e Energia de 1976 a
1978, ministro da Agricultura de 1978 a 1980 e ministro do Planeamento e
Desenvolvimento de 1980 a 1986, tendo assumido também, de 1983 a 1986, o cargo
de governador da província da Zambézia.
De 17 de Julho de
1986 a 16 de Dezembro de 1994, Mário Machungo ocupou o posto de
primeiro-ministro, período em que a Frelimo, partido da independência, renunciou
à ideologia, abandonou o sistema de partido único e adotou o multipartidarismo.
Durante a era
colonial, Machungo trabalhou no sistema bancário como economista e foi
professor na Faculdade de Economia da Universidade de Lourenço Marques.
Formado em Economia
em Portugal, após a carreira política regressou à banca, tendo sido presidente
do Conselho Consultivo do maior banco do país, o Banco Internacional de
Moçambique, Millennium bim.
Mário Machungo
foi, igualmente, presidente do Banco Comercial de Moçambique (BCM), do Banco
Internacional de Moçambique e da Seguradora Internacional de Moçambique.
A sua atividade
estendeu-se à academia, em que foi professor e diretor da Faculdade de Economia
da Universidade de Lourenço Marques, hoje Universidade Eduardo Mondlane.
Nos últimos anos,
Mário Machungo colaborou com o Observatório do Meio Rural, uma organização da
sociedade civil especializada em estudos no sector agrário.
In VOA 17.02.2020
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