“FMI nossos bombeiros ou fomentadores da corrupção?
O P a r l a m e n
t o Juvenil (PJ) reagiu na sequência da decisão do Fundo Monetário
Internacional (FMI) conceder mais um empréstimo a Moçambique, para efeitos de
combate à Covid-19. Em comunicado enviado a nossa redacção, o líder do PJ,
David Fardo, questiona a racionalidade que leva o FMI a acreditar que o Governo
possa gerir pacote adicional da dívida. O valor faz parte do pacote de
financiamento daquela instituição denominado Facilidade Rápida de Crédito,
sendo, neste caso específico, visa ajudar Moçambique a responder as
necessidades urgentes do impacto do coronavírus.
Para a PJ, essa
pretensão torna-se questionável, sobretudo, porque constitui mais uma dívida,
em que se questiona a capacidade do Governo poder pagar ou seja como é que o
FMI espera que a nação pague. Entende PJ, que empréstimo recorrido ao FMI pelo
Governo poderia ser angariado aqui no país, bastando para tal decretar medidas
como as de cancelar aumento salarial dos que realmente auferem salários,
reduzir os gastos com subsídios e regalias dos realmente assalariados por um
determinado tempo, canalizar todos os esforços para agenda de combate à
Covid-19 ao invés de reintegrar milhões em algumas famílias especiais.
“Gerir bem esse dinheiro é o mínimo que o
Governo pode fazer, tendo já recorrido a vergonha de estender a mão a procura
de apoios alarmantes ao invés de procurar soluções internamente, recorrendo a
medidas internas e que dignifiquem um Governo preocupado em resolver questões
candentes ao seu povo”, refere o comunicado do PJ assinado pelo seu presidente
David Fardo. É que, alega o PJ, a experiência dita que apoio em dinheiro ao
Governo de Moçambique sempre significou mais uma oportunidade para aumentar a
riqueza por parte dos governantes. “Espera-se que exista clareza e
sustentabilidade na gestão deste pacote adicional da dívida, para que os
moçambicanos não carreguem mais fardos de juros resultantes do não cumprimento
das obrigações fiscais em tempo oportuno.
in Semanário Zambeze
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