Trump visitou Coreia do Norte por 5 minutos
Donald Trump
tornou-se este domingo no primeiro presidente dos EUA a entrar em território
norte-coreano, ao lado de Kim Jong-un. Os dois líderes tinham celebrado uma
breve reunião, destinada a reativar o diálogo entre as duas Coreias.
Após o encontro,
o chefe da Casa Branca chegou mesmo a passou a pé a linha de separação que
marca a fronteira entre as duas Coreias na aldeia de Panmunjom, onde em 1953
foi assinado o armistício da guerra.
O presidente Kim
Jong Un declarou que a breve visita de Trump ao território da Coreia do
Norte melhora os laços entre os dois países.
“Quero apenas
dizer que tenho uma grande honra em fazê-lo”, afirmou Trump, que convidou Kim
para visitar os EUA “quando for o tempo certo”. “Passar esta linha é uma
grande honra, grandes progressos foram alcançados, grandes amizades
foram feitas e esta tem sido, em particular, uma grande amizade.”
Trump anunciou
que os dois países vão organizar novas equipas de negociadores. Questionado
pelos jornalistas se acreditava que os anteriores negociadores da Coreia do
Norte estavam vivos, respondeu: “Penso que sim… Sei que um está
vivo.”
Este foi o
terceiro encontro entre os presidentes dos dois países. “É um grande dia para o
mundo”, disse Donald Trump depois de ter cumprimentado King Jong-un, cerca das
15h50 locais (07h50 em Lisboa).
Trump tinha dito
no sábado que gostaria de atravessar a zona desmilitarizada e
entrar na Coreia do Norte. “Claro, fazia-o, sentir-me-ia muito confortável
fazendo isso, não tenho qualquer problema”, afirmou Trump ao ser questionado
sobre o assunto durante uma conferência de imprensa no final da sua
participação na cimeira do G20 em Osaka.
Algumas horas
antes de iniciar uma visita de cerca de 24 horas à Coreia do Sul, Trump
admitiu, através de uma mensagem no Twitter, a possibilidade de se encontrar
durante “dois minutos” com o líder norte-coreano na fronteira que divide as
duas Coreias. Logo que começou a conferência de imprensa final da cimeira do
G20, Trump declarou: ”Acho que poderia reunir-me com o líder Kim (domingo)”.
rump assegurou
que o líder norte-coreano o “segue no Twitter” e que o sua equipa reagiu
de forma “muito positiva” à sua proposta, mas não garantiu que o
encontro se vá concretizar. “Contactaram-nos muito rapidamente e querem saber
se podemos fazer alguma coisa, e não estamos a falar de uma reunião longa,
apenas um cumprimento rápido”, disse Trump.
“Não lhe
chamaremos uma cimeira, chamar-lhe-emos um aperto de mãos, se acontecer.
Acredito que ele gostaria e a mim não me custa, porque amanhã vou estar na
DMZ”, concluiu.
De inimigos a
amigos
Em 2017 houve uma
escalada de tensão entre EUA e Coreia do Norte, com esta última a testar uma
série de mísseis balísticos, garantindo que os mais potentes têm capacidade
para atingir território americano, inclusive cidades como Boston ou Nova
Iorque.
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