Aduitoria detecta irregularidades nas eleições Malawianas
Um relatório de
auditoria sobre o processamento e a transmissão de resultados das eleições do
passado dia 21 de Maio no Malawi, admite que houve irregularidades no processo
de votação e anúncio dos resultados eleitorais.
O relatório é da
empresa independente BDO Jordan, uma firma de auditoria que tinha sido
encomendada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que
trabalhou em consonância com a comissão nacional de eleições visando assegurar
a transparência durante o processo eleitoral.
O documento que
foi submetido este fim-de-semana ao tribunal constitucional a pedido deste
órgão judicial descreve 15 itens que deveriam ser corrigidos antes do anúncio
dos resultados finais.
Lê-se no
relatório, que muitos editais foram rejeitados pelos auditores devido à falta
de assinaturas dos respectivos partidos políticos. Mas a comissão eleitoral
forneceu uma carta oficial para aprovar todos os documentos, que contivessem
apenas a assinatura do presidente.
Os auditores
afirmam que muitos dos editais foram rejeitados por causa de emendas manuais,
mas a comissão eleitoral forneceu à BDO uma carta oficial para aprovar qualquer
emenda manual nos editais e formulários que foram usados nos centros de registo do distrito.
Enquanto o número
máximo de eleitores por cada caderno estava limitado a oitocentos eleitores, os
auditores observaram alguns casos em que o número de votos na urna excedeu o
número de eleitores registados.
No relatório
submetido ao Tribunal Constitucional consta ainda que havia 273 formulários
afectados pelo controverso material de correcção, o chamado Tippex onde 65
formulários foram alterados manualmente, 45 tinham assinaturas em falta,
enquanto 66 não possuíam assinaturas de partidos políticos.
A empresa
auditora vai mais além, ao afirmar que os resultados finais transmitidos pela
comissão eleitoral não foram do consenso com os auditores, pois que estes
ficaram surpreendidos quando viram os resultados a serem exibidos nas telas
para o público.
Este relatório de
auditoria da empresa BDO Jordan contratada pelo PNUD vem consubstanciar as
declarações que o presidente do UTM, Saulos Chilima, apresentou ao tribunal que
havia alguns formulários falsos que continham códigos de barras, na sua maioria
escritos manualmente.
Ele confirmou
ainda ao tribunal que os presidentes de mesa não assinaram alguns documentos,
apesar de ser facto obrigatório por ser último procedimento de um acto
eleitoral.
Neste
momento o tribunal constitucional de Lilongwe interrompeu o julgamento do caso
para
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