Eleições em Moçambique: Amnistia Internacional pede libertação de jovens presos
As autoridaes de Moçambique mantêm detidos na província de Gaza num local
secreto 18 membros do partido Nova Democracia, que denunciou fraude eleitoral
durante a votação de 15 de Outubro.
Eles são acusados
de falsificação de credenciais e a Amnistia Internacional pediu a sua
libertação, enquanto os familiares pedem justiça.
O processo de
prisão é pouco claro, tanto quanto o crime de que são acusados.
Os familiares
exigem a sua libertação imediata.
“Começamos a
seguir o caso desde a detenção dos miúdos. A polícia demarca-se do processo e
nos remeteu à Polícia de Investigação Criminal, que, por sua vez, nos remeteu à
Procuradoria provincial, mas não nos dizem nada de concreto,” diz Palmira Vasco,
mãe de um dos jovens.
Neste momento,
consta que os jovens foram transferidos para a cidade de Xai-xai, mais de 100
quilómetros da sua zona residencial, Chókwè.
“Pedimos
alibertação dos nossos filhos. Sabemos que a Senhora é mãe e esperamos que
entenda a nossa situação, perante a detenção dos nossos filhos sem culpa” diz
Eulália Mapanga, outra mãe, numa mensagem destinada à procuradora local.
O partido Nova
Democracia dirige a campanha pela libertação dos jovens principalmente nas redes sociais, porque a imprensa local não presta muita atenção ao assunto.
O partido viu
rejeitada pelo Conselho Constitucional a sua queixa, por o órgão entender que
se trata de um ilícito eleitoral, e deve ser entregue à Procuradoria Geral da
República.
Os membros e
apoiantes deste partido fazem a corrente pela liberdade, porque estão convictos
de que os 18 jovens estão detidos por motivações políticas.
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