As Forças de Defesa e Segurança estão a ser humilhadas em Cabo Delgado
No final de Janeiro, o grupo que proclama lutar em Cabo Delgado em nome do Estado Islâmico (ISIL/Daesh) atacava a localidade de Bilibiza, um posto administrativo a menos de 100 quilómetros de Pemba. A sua entrada na vila não teve oposição das forças armadas. Não houve decapitações e os maiores estragos foram repartidos entre um centro de formação de professores e uma escola agrária patrocinada pela Fundação AgaKhan, o braço desenvolvimentista dos ismaelistas, o braço do islão moderado. Mais para a costa, a sede do distrito, Quissanga, foi poupada. Lá onde também aporta a droga trazida em dhows, a partir do Paquistão e do Afeganistão. Os alarmes soaram mas, aparentemente, nada aconteceu do lado das forças governamentais. Esta semana, em menos de 48 horas, as sedes distritais de Mocímboa da Praia e Quissanga caíram às mãos do ISIL/Daesh, na voz popular, os “ al shabaab” ou “ansar al-sunna” (apoiantes da tradição). Grupos de rebeldes passearam-se sem oposição nas localidades, trajan