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A mostrar mensagens de agosto, 2020

Presidente de Moçambique pode ser envolvido no julgamento em Londres

  O Credit Suisse ameaça arrolar o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, no julgamento que opõe o banco de investimento ao Estado africano no Tribunal Superior de Londres no caso das 'dívidas ocultas', que deverá ser julgado no próximo ano. Num documento submetido ao tribunal, o Credit Suisse admite adicionar o chefe de Estado ao processo como réu ”para responder pelas suas irregularidades”. Os advogados do banco terão solicitado às autoridades moçambicanas, numa carta de 11 de maio, a confirmação de que o chefe de Estado não reivindica ou se reunia à imunidade relativamente a este caso, mas até julho ainda não tinham recebido resposta. A Procuradoria-Geral de Moçambique iniciou este caso na justiça britânica para tentar anular a dívida de 622 milhões de dólares (552,6 milhões de euros) da empresa estatal Proindicus ao Credit Suisse e pedir uma indemnização que cubra todas as perdas resultantes do escândalo das ‘dívidas ocultas’. Em causa estão as ‘dívidas ocultas’ do

Relatório desvenda mistérios da Fábrica de Explosivos de Moçambique “investigada por fornecer explosivos a terroristas”

  A Fábrica de Explosivos de Moçambique, que encomendou o nitrato de amónio, que recentemente esteve na origem da explosão em Beirute, devastando a capital libanesa, “foi investigada no passado por tráfico ilegal de armas e fornecer explosivos a terroristas”, revela o Projeto de Investigação ao Crime Organizado e Corrupção (OCCRP na sigla inglesa, Organized Crime and Corruption Reporting Project). Num extenso relatório sobre a explosão, a 4 de agosto, de milhares de toneladas de nitrato de amónio, que causou a morte de dezenas de pessoas, ferimentos em milhares e estragos avaliados em centenas de milhões de dólares, a organização diz ainda que a Fábrica de Explosivos de Moçambique “é parte de uma rede de companhias com ligações à elite governamental de Moçambique”. O nitrato de amónio pode ser usado como fertilizante ou para o fabrico de explosivos e a quantia encomendada pela empresa moçambicana encontrava-se armazenada, no porto de Beirute, desde 2013, depois do navio em que era

Tribunal britânico retoma caso "dívidas ocultas"

  O Tribunal Superior de Londres, no Reino Unido, decidiu dar continuidade ao processo de dívida secreta de dois milhões de dólares de Moçambique contra o banco Crédit Suisse e a empresa Privinvest, escreve o Club Of Mozambique. Trata-se de um caso que envolve fornecimento de embarcações e outros sistemas para projetos de pesca e proteção costeira, envolvendo figuras do Estado e empresas estrangeiras. As autoridades moçambicanas iniciaram um processo, no ano passado, alegando que os contratos de fornecimento eram unilaterais e correspondiam a "fraudes" ou "instrumento de fraude" e que subornos foram pagos a certos funcionários e indivíduos em Moçambique, e o principal vendedor e negociador da Privinvest. No artigo assinado por Joseph Hanlon, lê-se que Moçambique alegou que havia uma conspiração para torná-lo responsável das garantias e que a Privinvest e o Credit Suisse eram responsáveis por essa conspiração. A Privinvest e seus subcontratados entraram com

O SISTEMA DE GOVERNAÇÃO É DE CLIENTELISMO

    Por Argunaldo Nhampossa Na ressaca do debate acerca da constitucionalidade ou não da decretação do novo ciclo de estado de emergência, o chancelar da Universidade Politécnica, Lourenço do Rosário, questiona o que estiveram a fazer os assessores do Presidente da República (PR) e do Governo durante 120 dias do estado de emergência ao ponto de deixá-lo numa situação embaraçosa e que hoje divide a sociedade. Em entrevista ao SAVANA, em que fala de vários assuntos, o académico diz que a banalização da Constituição pode levar a tentações de musculação do exercício de poder, deixando a democracia mitigada. Diz que os conselheiros do PR devem ter capacidade de fazer leituras dos cenários. Aponta que as redes clientelares podem estar a minar a selecção de quadros mais capazes – a favor daqueles que dizem “agora é a nossa vez” - e levar à má governação. Indica que é necessário coragem para extirpar o mau desempenho, começando pela Comissão Política (CP) do partido, que não deve ser com

Moçambique/Ataques: Grupos armados invadem Porto de Mocímboa da Praia

  Maputo, 12 ago 2020 (Lusa) - Grupos armados que têm protagonizado ataques em Cabo Delgado invadiram na madrugada de hoje o Porto de Mocímboa da Praia, disse à Lusa fonte do exército moçambicano. "Há vários colegas nossos da força marinha que morreram", disse a fonte, acrescentando que houve confrontos entre as forças governamentais e o grupo que resultaram em um número desconhecido de mortos e feridos. Segundo a fonte, nas instalações portuárias daquela vila, situada a cerca de 345 quilómetros da capital provincial de Cabo Delgado, os atacantes, que reinvidicam uma causa 'jihadista' contra as autoridades, conseguiram instalar um ponto de resistência. "Muitas pessoas fugiram. Os que mais sofreram foram os que estavam de prontidão, mas não estavam devidamente equipados para fazer face a eles [os insurgentes]", declarou a fonte. "Normalmente, nestas condições, abandonamos a posição e depois vamos nos preparar para tentar recuperá-la", acre

Moçambique: Insurgentes capturam porto de Mocímboa da Praia e Estado Islâmico divulga imagens

  Uma recente ofensiva de um grupo de insurgentes culminou com a captura e ocupação do importante e estratégico porto de Mocímboa da Praia, na província moçambicana de Cabo Delgado, na noite desta terça-feira, relataram à Voz da América (VOA) várias fontes locais na manhã de hoje . Os insurgentes passaram a controlar a infraestrutura após quase cinco dias de confrontos, os quais se iniciaram a 5 de agosto, entre estes e a força da marinha, conhecida por fuzileiros navais, que defendia o porto até então. Mas os militares do exército moçambicano, as FDS, ficaram sem munições. O grupo Estado Islâmico divulgou nos seus canais de comunicação imagens de elementos mortos das Forças de Defesa e Segurança (FDS), bem como armas e munições capturadas em duas barracas de Mocímboa da Praia, supostamente pela filial moçambicana. Uma fonte militar avançou à VOA que os militares do grupo privado sul-africano Dyck Advisor (DAG), que fornece apoio aéreo ao Governo no combate aos insurgentes, ten

ONG moçambicana quer esclarecimento da morte de ex-presidente de extinto Banco Austral

  O Centro para a Democracia e Desenvolvimento, ONG moçambicana, defende que o Estado deve esclarecer assassinato do antigo presidente do Banco Austral, António Siba-Siba Macuácua, morto há 19 anos. O Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), organização não-governamental (ONG) moçambicana, defende que o Estado deve esclarecer o assassinato do economista e antigo presidente do extinto Banco Austral, António Siba-Siba Macuácua, morto há 19 anos. “E porque nunca é tarde para exigir justiça, o CDD defende que o Estado deve esclarecer o assassinato de Siba-Siba Macuácua e responsabilizar todas as pessoas envolvidas neste caso de grave violação dos direitos humanos”, lê-se num comunicado enviado à comunicação social, num dia em que se assinalam 19 anos após o homicídio do economista. O então presidente do Banco Austral foi lançado do 14.º andar, numa altura em que investigava a gestão danosa da instituição bancária. A ONG disse serem 19 anos de “silêncio incómodo” por parte

DEPOIS DE HORAS DE NEGOCIAÇÕES, NO GRUPO DE TELEGRAMA DO PINNACLE NEWS, ONTEM (08-08), INSURGENTES CONCORDAM RESPONDER UMA PILHA DE PERGUNTAS ELABORADAS PELO PINNACLE NEWS

  AS RESPOSTAS ESTÃO EM LÍNGUA INGLESA .................. 1 - Quem (realmente) são vocês ? 2 - Como querem que seja feita a vossa vontade, no território Nacional Moçambicano? 3 - Como tem sido a reposição de meios logísticos e humanos em campos de batalha? 4 - Ouvimos falar sobre um vídeo a ser publicado a qualquer altura, a respeito de insurgência em cabo Delgado. Para quando fica e o que se espera, como imagem? 5 - Para quanto tempo esperam assentar-se em Moçambique? 6 - O "staff" que faz parte desta luta é puramente Moçambicano ou há outros que provém de outras nacionalidades? 7 - Fala-se que há gente sequestrada, sobretudo mulheres. Qual tem sido a possibilidade de deixá-las de volta ao convívio familiar? 8 - Sabe dizer quantas perdas humanas houve, por parte de militares Moçambicanos e os vossos, desde então ? 9 - Quantos combates sérios foram travados desde Outubro de 2017? 10 - Faça suas análises, comentários a respeito da insurgência em Cabo De

Jornalistas impedidos de acompanhar julgamento de acusados de conspiração no centro do país

  O Tribunal Judicial do Dondo, na província de Sofala, impediu hoje jornalistas de acompanhar a sessão de produção de provas do julgamento de seis pessoas acusadas de conspiração no centro do país. Os jornalistas já estavam na sala quando, 10 minutos depois do início do julgamento, o juiz da causa, Carlitos Teófilo, pediu que se retirassem, alegando que a sessão iria abordar "matéria sensível". Na sessão de hoje, espera-se que sejam ouvidos peritos da direção central do Serviço Nacional de Investigação Criminal que elaboraram o processo contra as seis pessoas acusadas de conspiração no centro de Moçambique. O julgamento começou em 10 de julho e os seis arguidos são acusados de conspiração por alegadamente estarem associados à autoproclamada Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), um grupo dissidente do principal partido de oposição acusado pelas autoridades de estar a protagonizar ataques armados que já provocaram a morte de 24 pessoas desde agost

João, o ex-guerrilheiro que quer abrir uma moagem e dedicar-se aos netos

João Samson, 58 anos, combateu durante 18 anos pela guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), disfarçou armas com caniço para guarnecer Dhlakama, na Beira, e foi desmobilizado duas vezes, a última em 05 de junho. João, o ex-guerrilheiro que quer abrir uma moagem e dedicar-se aos netos O ex-guerrilheiro quer abrir uma moagem, servir a aldeia natal e reconciliar-se consigo próprio, ao regressar para o interior de Nhamatanda, província de Sofala, no centro do país. João integra o grupo de cerca de 300 ex-guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição, da base de Savane, que beneficiou da segunda fase do processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) social, reiniciado em 04 de junho, depois de estar vários meses paralisado. O DDR resulta do acordo de paz assinado em agosto de 2019 entre o Presidente da República, Filpe Nyusi, e o presidente da Renamo, Ossufo Momade. João Samson foi recrutado para a guerrilha aos 19 anos, em 1981, na guerra civi